A escassez de fontes estatísticas disponíveis cria dificuldades na estimação do saldo migratório interno. Portugal é um país sem registos anuais de migrações, por isso, foram seguidas várias abordagens para estimar a componente das migrações. No entanto, os resultados obtidos pelas metodologias propostas não foram satisfatórios. O presente artigo procura uma metodologia sólida para estimar a componente do saldo migratório interno tendo sido ensaiadas três hipóteses. A primeira considera constante, durante dez anos, o saldo migratório interno apurado no momento censitário. A segunda introduz uma matriz de probabilidades de transição constante que ajusta os fluxos migratórios à população. A terceira metodologia assenta numa matriz de probabilidades de transição estocástica e é um modelo com um comportamento totalmente dinâmico. A metodologia da matriz constante parece ser a que melhor se adapta ao problema. Infelizmente, não é possível provar que a metodologia da matriz estocástica produza melhores resultados.
palavras-chave: saldo migratório interno, matriz de probabilidades de transição, processo estocástico, cadeia de Markov.