Um recenseamento é uma operação estatística essencial para qualquer país, constituindo uma fonte rica e duradoura de informação; deste modo, é fundamental que o respetivo conteúdo - unidades estatísticas, variáveis a observar e respetivas definições - seja cuidadosamente estudado, na perspetiva da utilização máxima dos resultados censitários.

O objetivo de qualquer Censo é, em primeiro lugar, enumerar, ou seja contar. De seguida, e não menos importante, surge o segundo objetivo: caraterizar, isto é conhecer como se distribuem determinadas características nos universos em estudo.

Neste sentido, poderemos definir as unidades estatísticas dos Censos como entidades (indivíduos, famílias, núcleos familiares, alojamentos, edifícios) que possam ser objeto de observação (contagem e caraterização), tornando-se imperioso que a cada uma destas unidades de observação esteja claramente associada uma definição precisa e objetiva, completamente distinta das restantes. O segundo objetivo dos Censos é caraterizar as unidades estatísticas selecionadas; para tal, constituem-se vários grupos de caraterísticas a observar relativamente a cada unidade estatística.

Os recenseamentos de 1864 a 2001 disponibilizaram um vasto conjunto de informação. A informação estatística está disponível (e não apenas publicada) para diferentes níveis de desagregação geográfico-administrativo.